X – A Marca da Morte: COMICIDADE NO TERROR

Imagem de divulgação do filme “X – A Marca da Morte”

Título: X – A Marca da Morte
Diretor: Ti West
Duração: 106 minutos
Gênero: Terror/Suspense
Classificação: Não recomendado para menores de 18 anos
Lançamento no Brasil: 11/08/22

Sinopse
“Em uma fazenda isolada, uma equipe chega para filmar um filme adulto. Os anfitriões, um casal de idosos, têm um interesse especial por seus jovens hóspedes.”

Um grupo de atores se propõe a fazer um filme adulto na zona rural do Texas, sob o nariz de seus anfitriões reclusos. Quando os donos do local pegam seus jovens convidados no ato, o elenco se vê em uma luta desesperada por suas vidas.

Imagem extraída de cena do filme

“X – A Marca da Morte” é um filme que vai brincar com o erotismo em toda a sua duração e com isso perpassar por temas como o conservadorismo, hipocrisia e liberdade sexual. Assim que o filme se inicia somos jogados à estética dos anos 1970 e é impossível não lembrar de “O Massacre da Serra Elétrica”, clássico contemporâneo daquela década, e que é importante até hoje, não apenas para os filmes do gênero terror.

O filme carrega um tom cômico, que às vezes pode dar uma sensação de alívio nos momentos de tensão. As montagens das cenas dão uma certa agilidade à história, mostrando que, embora a estética seja de uma década passada, é um filme com uma linguagem atual.

Mas não se engane, apesar da comicidade, há bastante sangue. As mortes são inventivas, mas um tanto previsíveis.

Imagem retirada de cena do filme X – a marca da morte

O que eu menos gostei foi a questão do etarismo e do envelhecimento das pessoas como um todo, já que o filme usa do sexo e da juventude de uns personagens para contrapor o envelhecimento e “feiúra” de outros, com a justificativa da idade desses.

As atuações também estão incríveis: os personagens são caricatos, mas isso não é um ponto ruim – ajuda a construir a história. Essa característica só não é válida para a protagonista, Maxine (Mia Goth), que entrega uma boa atuação numa personagem multidimensional. Só no fim do filme entendemos um pouco das suas falas no decorrer da trama.

X – A Marca da Morte é um filme interessante e divertido, que entrega o que se propõe: cenas sensuais e mortes interessantes.

Kauana Hervan

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Lorena Ribeiro

Lorena Ribeiro é soteropolitana, graduada em Letras Vernáculas pela Universidade do Estado da Bahia e mestra em Língua e Cultura pela Universidade Federal da Bahia. Escritora, produz poesias, contos e literatura infantil. É idealizadora do projeto Passos entre Linhas, e com ele tem como foco a divulgação de autores da Bahia, principalmente autoras negras. É também idealizadora do projeto Lendo a Bahia (incluindo o clube de leitura de mesmo nome). Lorena tem publicado o livro infantil “O divertido glossário da Jana”, e faz parte de antologias de poesias e contos. Lançou em 2024 o seu primeiro livro artesanal de poesia: Amuleto.

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