Título: Sobreviventes – Depois do terremoto (콘크리트 유토피아)
Direção: Uhm Tae-Hwa
Duração: 130 minutos
Data de lançamento no Brasil: 18.01.2024
Origem: Coreia do Sul
Classificação: 14 anos
Gênero: Thriller. Ação. Drama.
Sinopse: “Em mundo reduzido a escombros depois de um grande terremoto, no coração de Seul, há apenas um prédio em pé, o Hwang Gung Apartments. Quando o resgate parece ter esquecido dos sobreviventes, pessoas de fora começam a invadir o condomínio, fazendo com que os moradores tomem uma decisão extrema.”
Estrelado por grandes nomes nos dramas sul-coreanos, como por exemplo: Lee Byung-hun (Round 6), Park Bo-young (Uma dose diária de sol) e Kim Sun-Young (Pousando no amor), “Sobreviventes: Depois do terremoto” é um longa-metragem que nos faz refletir sobre ATÉ ONDE VAI A EMPATIA EM MEIO AO CAOS.

O filme começa com algumas imagens que mostram a dificuldade de conseguir conquistar uma casa própria na Coreia do Sul, fato que é também retomado em diversos outros momentos, quando os personagens supervalorizam quem é proprietário dos apartamentos em detrimento de pessoas que os alugam ou que ainda não quitaram a compra do imóvel. Não sei exatamente como funciona o mercado imobiliário no país, mas parece ser algo bastante complexo, não só por conta do clima tenso do filme ao redor da temática, como também por causa de alguns outros exemplos vistos em outras histórias ficcionais que chegam até nós.
Embora tenha como ponto de partida do conflito central a catástrofe natural, a trama foca nos sobreviventes e seus muitos traumas, decorrentes do terremoto ou não.

Logo após o grande susto, a empatia é sentimento natural. Todos se acolhem e ajudam, como podem, mas a partir do momento em que o medo de não terem comida suficiente ou local seguro para se manterem aquecidos vem à tona, os moradores do Hwang Gung Apartments passam a considerar o outro, estranho, como uma “barata” inconveniente, expulsando os “invasores” de suas casas. Há um momento no filme, inclusive, em que aparecem baratas de repente, saindo de baixo de um sofá, e os moradores se assustam, se perguntando de onde surgiram aqueles animais nojentos. É com essa mesma visão que eles passam a questionar de onde vieram os demais sobreviventes de outros condomínios e casas vizinhas, que invadiram o único condomínio que sobrou inteiro após a tragédia, para se abrigarem do frio intenso.
O tempo inteiro há um confronto moral dos moradores entre a garantia de mantimentos para manterem a si próprios a salvo ou a divisão de coisas básicas para mais pessoas, garantindo a sobrevivência de mais gente, além deles mesmos. Esse sentimento conflituoso é transmitido para nós, que assistimos também: o que faríamos, estando em tal situação?
Com lançamento marcado para 18 de janeiro de 2024, “Sobreviventes: Depois do terremoto” é um filme que nos permite refletir sobre diferentes aspectos sociais e embora seja looooongo, nos mantém atentos até o fim, na ânsia de entender o que acontecerá no desfecho de toda a confusão.






